O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima para o ano de 2018 para o Brasil 59.700 novos casos de câncer de mama. E não há uma causa para a doença.
Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de mama, como fatores endócrinos/ história reprodutiva, comportamentais/ ambientais e genéticos/ hereditários.
O índice é maior em mulheres a partir dos 50 anos, mas nos últimos anos está aumentando a incidência em mulheres jovens. Hoje, de acordo com a SBM, está entre 4% e 5% dos casos envolvendo mulheres com menos de 35 anos.
“É por isso que o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais, pois o câncer tem cura”, destaca a secretária geral da CONTAG, Thaisa Daiane, que coordena a campanha do Outubro Rosa dentro da Confederação. “No ano passado, fizemos camisetas, laços rosas e debate sobre o tema com as funcionárias e com a Comissão Nacional de Mulheres da CONTAG. Para esse ano também estamos preparando algumas ações internas”, explicou.
A campanha do Outubro Rosa é mundial, iniciada nos Estados Unidos em 1990 e no Brasil em 2002. E a cada ano a campanha vai se popularizando e dá bons resultados. No entanto, mesmo ao longo desse tempo, podem ser identificados alguns desafios. Um deles é o acesso das mulheres a exames de diagnóstico e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que precisa ser ampliado. A Lei 12.732, em vigor desde 2012, estabelece que o primeiro tratamento oncológico no SUS deve se iniciar no prazo máximo de 60 dias a partir da assinatura do laudo patológico ou em prazo menos, de acordo com a necessidade terapêutica do caso registrada no prontuário do paciente.
Pesquisa da SBM em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia revela um baixo número de mamografias efetuadas no ano passado por mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. Foram realizadas 2,7 milhões de mamografias, contra 11,5 milhões previstos. A cobertura foi de 24,1%, inferior aos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A SBM também destaca que, em muitos casos, as mulheres demoram de 6 a 12 meses a serem atendidas por um oncologista do SUS. Para mudar essa realidade e reforçar o alerta sobre as dificuldades encontradas pelas mulheres para acessar os exames e tratamento, a Sociedade Brasileira de Mastologia lançou a campanha “+Acesso para Celebrar a Vida”, que destaca a importância do diagnóstico precoce e tratamento rápido para que as mulheres possam curtir e celebrar suas vidas.
SINTOMAS
O principal sintoma do câncer de mama é o nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor. Mas, fique atenta a outros: pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no mamilo; secreção anormal; nódulo na axila ou no pescoço.
“Portanto, câncer tem cura! Entre de peito nessa luta! Fique atenta a alguns sinais, faça o autoexame mensalmente. Caso identifique um desses sintomas, procure imediatamente um(a) médico(a) para solicitar exames para um diagnóstico mais preciso”, alerta Thaisa Daiane.
Além da realização do autoexame, de consultas e exames periódicos, a SBM recomenda a adoção de hábitos saudáveis de vida, com prática regular de exercícios, alimentação equilibrada e combate à obesidade.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG – Verônica Tozzi, com informações da SBM e do Inca.
Arte: Fabício Martins