No Encontro do Macrossetor Rural da CUT, dirigentes rurais defenderam propor aos candidatos progressistas das próximas eleições um desenvolvimento rural sustentável via agricultura familiar e agroecologia
Mais de 70 representantes do campo e lideranças sindicais de todo o país debateram durante três dias, em Brasília, o futuro do setor rural brasileiro frente ao golpe de 2016, que desmantelou as políticas públicas da agronomia que fomentaram políticas de crédito, de produção, moradia no campo e da agricultura familiar.
No II Encontro Nacional do Macrossetor Rural da CUT, com o tema central ‘Pensar, agir, propor o Desenvolvimento Rural no século XXI e a Plataforma da CUT’, foram debatidas a importância fundamental do campo na estratégia de desenvolvimento do país, seja na perspectiva da produção de alimentos saudáveis, seja na luta pela reforma agrária, a consolidação de propostas de desenvolvimento rural sustentável, a disputa de um projeto político para o país de modelo de produção baseado na sustentabilidade e como contribuir com a plataforma da classe trabalhadora e fortalecimento do sindicalismo no campo, além de propostas a serem encaminhadas para candidatos progressistas às próximas eleições.
“A agricultura familiar é a garantia da produção dos alimentos que vão à mesa do povo brasileiro. Por isso, focamos duas questões – produção de alimentos e reforma agrária – como prioritárias para serem encaminhadas aos candidatos progressistas”, diz Carmen Foro, vice-presidenta da CUT Nacional.
Segundo ela, o debate feito no Encontro, em parceria com a Fundação Perseu Abramo, vai contribuir com o que está sendo construído no campo da esquerda para as próximas eleições.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag ) Aristides Santos, o momento político brasileiro é difícil, mas é preciso restabelecer a democracia pelo voto popular.
“Temos de ter unidade no campo cutista, produzir propostas e ideias para serem defendidas dentro de uma plataforma política à presidência da República. Não podemos ter apenas como foco a renovação do Congresso Nacional com candidatos progressistas”, avalia Aristides.
O II Encontro do Macrossetor Rural da CUT debateu ainda quais as políticas públicas para jovens e mulheres do campo a serem defendidas pelas entidades presentes e um calendário de atividades de agenda interna para dialogar com outros macrossetores.
FONTE: Comunicação CUT NACIONAL – Rosely Rocha