“Recompensem o trabalho, não a riqueza” é o relatório lançado pela Oxfam às vésperas da reunião do Fórum Econômico Mundial 2018, que acontece nesta semana em Davos, na Suíça. O relatório revela como a economia global possibilita que a elite econômica acumule vastas fortunas enquanto milhões de pessoas lutam para sobreviver com baixos salários e em condições precárias de trabalho.
Segundo o levantamento realizado pela Oxfam, o ano passado registrou o maior aumento no número de bilionários da história: um a mais a cada dois dias. Atualmente, há 2.043 bilionários em todo o mundo. Nove entre dez são homens. A riqueza desses bilionários também aumentou consideravelmente, em um nível que seria suficiente para acabar com a pobreza extrema por mais de sete vezes. De toda a riqueza gerada no ano passado, 82% foram parar nas mãos do 1% que está no topo, enquanto os 50% mais pobres não viram nada.
Para elaborar este documento, a Oxfam entrevistou mais de 70 mil pessoas em 10 países que representam um quarto da população mundial:
• Mais de três quartos das pessoas concordam ou concordam enfaticamente que a distância entre ricos e pobres em seu país é muito grande, variando de 58% na Holanda a 92% na Nigéria.
• Quase dois terços dos entrevistados nos 10 países acreditam que a distância entre ricos e pobres precisa ser resolvida urgentemente ou muito urgentemente.
• 60% do total de entrevistados concordam ou concordam enfaticamente que o governo é responsável por reduzir a distância entre ricos e pobres. Na África do Sul são 69%.
• 75% dos entrevistados preferem níveis de desigualdade de renda mais baixos que os registrados no seu país. Na verdade, mais da metade dos entrevistados desejam ter níveis de desigualdade no seu país mais baixos que os registrados em qualquer país no mundo.
A Oxfam é uma confederação internacional de 20 organizações que trabalham em rede em mais de 90 países como parte de um movimento global em prol de mudanças necessárias e no intuito de construir um futuro livre da injustiça da pobreza.
FONTE: Comunicação da CONTAG com informações da Oxfam